Fabiana Baroni Makdissi

Dicas para mulheres

Da dúvida ao diagnóstico... Que tempo é esse?

Chegou a hora da cirurgia

Com um diagnóstico de câncer podem advir sentimentos desconhecidos, gerando um impacto psicológico intenso na vida de um indivíduo, podendo deixá-lo exposto a uma série de sensações que podem gerar angústia, medo e dor.

Para as dúvidas do corpo, os exames estão aí para nos auxiliar. Com suas minuciosas descrições, escritas com afinco, interpretadas pelo médico com segurança e respeito.

E no momento em que as imagens impressas naquele papel se transformam inicialmente em palavras, trazendo o tratamento proposto, qual a repercussão no nosso universo psíquico?

É o início de uma jornada, de exigências talvez nunca antes pensadas... Não é um momento fácil, nem para o paciente, nem para o médico; portador dessa notícia. Mas por outro lado, portador também da oportunidade, do renascimento, da luta conjunta, da parceria!

Partindo desse princípio, que temos um combate diante de nós, torna-se extremamente importante um lugar, e não se trata de um lugar do ponto de vista do espaço físico, mas sim de um lugar onde se articula compreensão, acolhimento e força na sua possível dor e dificuldade. Esse lugar pode ser obtido através de um acompanhamento psicológico, onde a relação paciente-terapeuta pode servir de meio para que o paciente compreenda e lide melhor com os sentimentos que podem emergir nesse momento.

A perda da esperança, sentimento de impotência diante da doença, solidão, mudanças físicas que dizem respeito a autoimagem e autoestima podem emergir nessa vivência e necessitam ser trabalhados e elaborados do ponto de vista psíquico.

Nessas circunstâncias, o saber ouvir ganha um espaço importante, primordial para que, ao "se ouvir em voz alta", o paciente caminhe em direção ao entendimento e respeito aos seus sentimentos.

A necessidade de um apoio psicológico se configura no esmero em cuidar de si; um cuidado de longo alcance que engloba corpo e alma, sensação de integridade entre esses dois elementos dos quais somos feitos. Ao reestabelecer esse equilíbrio, mente e corpo poderão ser restituídos de força, amor, sentimento de paz interior e essa aliança poderá ser portadora da alegria de viver trazendo novamente a força necessária para o processo de enfrentamento que a doença exige.

O sentir-se acolhida e amparada resultará em determinação e vigor que por sua vez se transformará em agente de combustão interna que faz irromper o silêncio do sofrimento dando lugar à vontade de vencer.

Dra. Christina Haas Tarabay
CRP 06/39983
Psicóloga Clínica
Psicanalista
Psico-Oncologia
Doutora em Ciências - Oncologia

Publicado em Setembro/2010

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